Capítulo 23
Ela empalideceu, seu coração tremia de medo.
“Eu não tenho passaporte, nunca tive intenção de sair do país, então não tenho um passaporte, eu…”
Ela deu uma olhada no bife no prato de Felipe e rapidamente improvisou, “Eu não consigo comer a comida de fora, se você me mandar para o exterior, com certeza vou morrer de fome.”
Ele não ia querer lidar com uma morte em sua consciência, certo?
Felipe abriu um sorriso sarcástico e frio: “Eu pensei que você não fosse exigente, fácil de cuidar.”
que seja
“Eu não sou exigente, contanto comida que eu conheça, eu como qualquer coisa, mas comida estrangeira não dá. Então, eu definitivamente não vou viajar para o exterior na vida, nem me peça nem me force.”
Ângela Alves falou seriamente, deixando sua posição clara por implicação.
Felipe mostrou um traço de estranheza, como se achasse que ela era um pouco peculiar: “Então, você não está pensando em ir para a exposição de joias de Paris?”
Ah?
Ângela Alves se assustou.
Quase tinha esquecido desse evento, uma das maiores exposições do mundo, e a GM, como o grupo número um de joias da Ásia, participava de todas as edições.
Era o sonho dela ir.
Mas, e se ela fosse e acabasse sendo detida à força, sem conseguir voltar?
Copitulo 23
Ela estava em conflito, indecisa, dedos deslizando sobre a mesa, enfrentando a escolha mais difícil de sua vida.
Felipe observava sua reação bizarra de perto.
“Realmente, sua saúde não é adequada para viagens longas, deixe Kelly ir.”
“Eu posso ir” – Ela disse impulsivamente, como se tivesse sido picada.
Essa é uma oportunidade única na vida, ela realmente não queria perder.
Kelly ainda está de pé, principalmente porque seus novos produtos acabaram de ser lançados. Se surgir o escândalo de plágio, isso afetará seriamente as vendas dos novos produtos. Além disso, ela é bastante conhecida no mundo das joias.
Para substituí–la, seria necessária uma oportunidade para se destacar.
“A exposição de joias é no próximo mês, e eu já passei pelo período de risco, posso pegar um avião. O clima de Paris é frio, eu uso um casacão, cubro tudo direitinho, ninguém vai perceber, não precisa se
preocupar.”
Ela segurava uma esperança, querendo apostar, talvez Tina estivesse apenas assustando–a.
Os olhos escuros e gélidos de Felipe brilhavam misteriosamente sob a
luz.
“Você pode escolher quem vai acompanhar o seu departamento.”
“Ótimo” – Ângela Alves respondeu com um sorriso satisfeito,
terminando rapidamente a comida no prato: “Sr. Martins, vou voltar ao trabalho, amanhã vou fazer o passaporte.”
Observando–a ir embora, o canto da boca de Felipe se curvou em um
sorriso malicioso.
Apesar de ser uma mulher cheia de artimanhas, ela era uma
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funcionária exemplar para a empresa.
De volta ao escritório, ele se sentou em frente à janela e deu um pequeno gole em seu chá preto.
Kevin disse em voz baixa: “A situação na Suíça já está arranjada, quando chegar a hora, vamos transferir a Sra. Alves de Paris para a Suíça secretamente para dar à luz.”
Ele assentiu levemente, seu olhar se tornando sombrio.
Ângela Alves voltou para a sua mesa e começou a sonhar com a viagem a Paris.
Como a cidade das artes, Paris é o destino dos sonhos de todo artista. A Catedral de Notre–Dame, o Museu do Louvre, a Torre Eiffel, o Palácio
de Versalhes… todos são tesouros da arte.
O mais importante era que ela teria a chance de se destacar.
Naquele momento, a equipe de alta costura trouxe um cliente, que queria uma colar de diamantes personalizado e insistiu que Ângela Alves fizesse o design.
Ângela Alves ficou um pouco surpresa, não esperava que fosse o Elton. Ela o levou para a sala de reuniões.
“É um presente para a namorada?”
Elton deu de ombros: “Eu não tenho namorada, é para a minha tia, é aniversário dela no próximo mês.”
“Tia? A mãe da Sra. Silva?”
Ângela Alves se lembrou de Bruna dizendo que a mãe de Tina era irmã do avô Domingos.
Elton balançou a cabeça: “A mãe dela é a irmã mais nova, eu e
estava
falando da irmã mais velha, minha tia de verdade.”
Ele disse, baixando os olhos, deixando transparecer um toque de tristeza: “Minha mãe faleceu cedo, e quando meu pai não estava em casa, era minha tia quem cuidava de mim. Agora que meu pai também se foi, minha tia é a pessoa mais próxima que tenho.”
Essas palavras tocaram fundo o coração de Ângela Alves.
Depois, quando Felipe e Tina se casaram e tiveram filhos, será que o filho dela não se tornaria superfluo? Será que também enfrentaria um destino tão trágico?
“Sua mãe vivia no exterior o tempo todo?”
“Sim” – Elton concordou com a cabeça, seu semblante ainda mais sombrio: “Ela faleceu enquanto eu não estava por perto, nem pude vê–la pela última vez.”
O coração de Ângela Alves se contorceu de repente.
Será que Tina não estava apenas ameaçando–a?
Ela realmente seria deportada, morrendo longe de sua terra natal?
