Capítulo 85
Ela suspirou enquanto falava: “Ontem ela me apunhalou pelas costas, mandou um subordinado me acusar de coisas sujas e o Sr. Martins nem sequer me repreendeu, pelo contrário, achou que eu era a problemática.”
Enquanto ela falava, Tina espetou o garfo no bife como se fosse a carne de Helena.
“Aquela piranha, cobra venenosa, eu acabo com ela.‘
Ângela Alves tomou um gole do suco e continuou a atiçar: “A queridinha é aquela que vive no coração dos homens, sempre lembrada com carinho. Mesmo não estando mais aqui, Seu Martins a vê em Helena. Sou apenas uma funcionária insignificante, facilmente dispensável, mas você é diferente, você é a oficial, expulsar a amante é justo e merecido, você tem que se esforçar mais.”
O chefe não se importa com o processo, apenas com o resultado.
Se ele não é justo, não pode culpá–la por ser injusta!
Ela não tinha recursos para agradar os superiores, só podia contar com Tina para fazer confusão.
Tina ficou com o rosto distorcido de raiva, espetando o bife freneticamente.
Essa tal de queridinha que se dane!
“Quando Helena se tornar diretora, a primeira pessoa que ela vai demitir é você. Se você não quer ser demitida, siga minhas ordens e vigie de perto todos os movimentos dela, se ela se aproximar do Felipe, me informe imediatamente.”
“Combinado.” – Ângela Alves sorriu astutamente e adicionou ela no WhatsApp.
Enquanto comiam, Helena e Felipe entraram.
Felipe vestia um terno preto, que combinava perfeitamente com o vestido preto de Helena, como se fossem um casal.
Tina saltou da cadeira e correu para ele, agarrando seu braço como sinal de posse: “Felipe, estou jantando com a Ângela Alves, que tal se juntar a nós?”
Assim que chegou, Felipe avistou Ângela Alves; ele sempre a notava primeiro, não importa
onde ela estivesse.
Com o cenho ligeiramente franzido, uma sombra de melancolia passou por seus olhos.
Ele afastou a mão de Tina e sentou–se, enquanto ela rapidamente tomou o lugar ao seu lado, temendo ser roubada pela rival.
Helena estava furiosa por dentro, se soubesse que esse tormento estaria lá, teria escolhido,
outro restaurante.
Ângela Alves ainda não tinha terminado de comer, mas sabia que em momentos e lugares
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assim, a melhor estratégia era sair de fininho.
Ela estava prestes a pedir a conta quando ouviu Tina chamá–la: “Ângela Alves, vem aqui.”
Droga!
Engolindo em seco, ela se obrigou a ir até lá, sentando–se em frente a Felipe.
“Seu Martins, que coincidência vocês também estarem jantando aqui.”
Ela poderia jurar, essa era a cena mais constrangedora e bizarra do século, nem as novelas
ousariam tanto!
Mas, contanto que ela não se sentisse constrangida, os envergonhados seriam definitivamente os outros.
A noiva, a esposa legal e a amante estavam todas juntas como se fossem jogar uma partida de cartas.
Felipe a ignorou, lançando–lhe apenas um olhar frio e distante, como se ela fosse transparente.
O ar ficou denso, mas isso só fez Tina confiar ainda mais em Ângela Alves.
Felipe realmente a detestava!
Helena girou o vinho em seu copo, um sorriso de escárnio apareceu em seus lábios: “Gerente Alves, não se sente desconfortável connosco?”
Subentendido, ela era uma intrusa e particularmente sem noção.
Qual era a sua posição? Ela tinha algum direito de estar ali?
Ângela Alves sorriu levemente: “Se a Sra, Araújo não se sente desconfortável, por que eu me sentiria?”
A amante estava tão à vontade, então por que ela deveria se preocupar?
Helena podia perceber isso claramente. Ela estava furiosa até os ossos.
Tina rapidamente pegou o gancho: “Ângela Alves é a namorada do Elton, logo será nossa cunhada. Somos todos uma família, o que haveria de constrangedor? Por outro lado, você, qual é sua posição?”
Ela não tinha a menor intenção de ser gentil com Helena.
Helena sentia uma raiva que lhe fazia ranger os dentes, mas não podia deixar transparecer. Baixou a cabeça e exibiu uma expressão de dó que poderia derreter o coração de qualquer
- um.
Felipe apertou os dedos em torno do garfo e da faca, a sombra de melancolia em seus olhos tornando–se cada vez mais densa.
Elton era como um espinho cravado em seu peito!
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Angela Alves concentrava–se em sua refeição, deliberadamente evitando dar explicações. Desde o día anterior, uma raiva crescia dentro dela, quase a sufocando. Explicar o quê? Não valía a pena!
Capitulo 86
